Nas indústrias, é comum encontrar danos aos equipamentos e os custos para o reparo podem ser enormes, a depender de sua extensão. A soldagem é uma das técnicas utilizadas nesses reparos, sempre que o objetivo é unir dois metais.
Porém, apesar de ser uma tecnologia bastante presente nas indústrias, a solda convencional possui bastante limitações, como o risco de falha, necessidade de mão de obra e ferramenta especializada, uso em ambientes confinados, etc.
No entanto, defeitos de soldagem não são incomuns e é importante que a equipe de manutenção saiba identificá-los e solucioná-los.
Neste artigo, você vai conhecer os principais defeitos de soldagem e as soluções tecnológicas de Belzona, que envolvem a solda a frio – mais segura e com alta aderência.
Defeitos de soldagem na indústria: conheça os mais comuns
É considerado um defeito de soldagem qualquer falha que comprometa a integridade das juntas.
As trincas, por exemplo, são problemas comumente encontrados na indústria e elas podem ser causadas por uma série de fatores – uso equivocado do gás de proteção, tensão residual causada pelo encolhimento da solidificação, alta velocidade de soldagem com corrente baixa, pré-aquecimento insuficiente antes de começar a soldagem, etc.
Entre outros defeitos de soldagem que podem acontecer em equipamentos industriais estão:
- porosidade;
- mordeduras na solda;
- falta de fusão;
- penetração incompleta;
- inclusão de escória;
- respingos.
As soluções para os defeitos de soldagem dependem da causa do problema encontrado. O mais indicado é dispor de mão de obra especializada e experiente, para diagnosticar e corrigir o problema corretamente, além de planejar ações preventivas, dentre elas a limpeza e preparo adequado da superfície a ser trabalhada, a escolha correta do gás de proteção, o uso de materiais de qualidade e a realização do processo por um profissional treinado.
Atualmente há diversas tecnologias que garantam a aderência de metais de forma rápida, prática, e sem oferecer riscos à saúde, a exemplo da soldagem a frio. Entenda melhor nos tópicos a seguir.
Soldagem a frio: como funciona essa técnica?
A soldagem a frio é uma técnica que não requer calor para unir os substratos metálicos – ela é realizada por meio da fixação de uma placa de reforço de metal em um substrato enfraquecido com o uso de um adesivo não metálico como agente de ligação.
A placa de metal de reforço e os substratos enfraquecidos são os aderentes. A placa colada reforça o substrato danificado e restaura a sua resistência mecânica. Após isso, o agente de ligação é aplicado no fundo da placa e no substrato enfraquecido antes da junção das superfícies.
Solda a frio e solda convencional: quais são as diferenças?
Na comparação com a solda a quente, a solda a frio oferece uma camada de proteção entre o substrato e o material de reparo. Separar o material nesse caso elimina o potencial de corrosão bimetálica.
A cobertura sobre a área de reparo será de 100% com a soldagem a frio, garantindo que não haja espaços vazios, que são grandes causadores de defeitos de soldagem.
É importante considerar que a soldagem a quente é um processo que existe há muito tempo e tem a sua importância na manutenção industrial em todo o mundo. No entanto, os requisitos de soldagem de manutenção e construção que historicamente envolveriam trabalho a quente podem ser concluídos com o uso de compósitos poliméricos de soldagem a frio, aplicados e curados à temperatura ambiente.
E quais são os benefícios da soldagem a frio?
O principal benefício da solda a frio é que ela tem a mesma força de união que a do material original. Além disso, ela tem alta aderência, o que garante longa vida útil para os equipamentos.
Outras grandes vantagens dessa técnica são a eliminação do trabalho a quente – que traz mais segurança –, a cura rápida em condições ambientes, a boa resistência química, térmica e à pressão e o fato de não encolher.
Além dos benefícios citados acima, a soldagem a frio ainda tem vantagens como:
- Capacidade de aderir metais diferentes;
- Ideal para reparos de emergência e áreas de aplicação desafiadoras;
- Pode ser usada quando o corte e a soldagem são restritos devido a uma atmosfera potencialmente explosiva;
- Não há risco de faíscas ou riscos elétricos;
- Possibilidade de unir geometrias complexas;
- Redução dos riscos de ZTA (Zonas Termicamente Afetadas) em comparação à soldagem;
- Isento de solventes;
- Não há necessidade de usinagem no local;
- Fácil limpeza após montagem.
Por fim, é importante dizer que a soldagem a frio tem tecnologia em atendimento às normas regulamentadoras, como a NR13.
A seguir, veja um estudo de caso em que a soldagem a frio foi crucial para reparar danos em uma plataforma de petróleo.
Soldagem a frio em uma plataforma de petróleo
Uma cobertura da plataforma de petróleo e gás mostrou uma perda significativa da espessura atribuída à corrosão geral, impactos excessivos e pouca drenagem. A área de colocação da placa de cobertura originalmente tinha uma espessura de 0,3 polegadas (8 mm).
Após a inspeção, a espessura média das áreas danificadas variou de 7 a 8 mm (0,27 a 0,3 polegadas). Em algumas áreas, a espessura mínima da placa local era tão baixa quanto 0,17 polegadas (4,5 mm). Essa perda de metal resultou em uma redução na capacidade de carga da chapa metálica.
Foram necessários reparos para evitar corrosão adicional e restaurar a capacidade de carga da plataforma. Para evitar interrupções nas operações da plataforma, foi proposto adicionar placas de metal às áreas danificadas, em vez de substituir toda a plataforma.
Como a área de colocação estava localizada acima do espaço do motor, era impossível
usar técnicas de soldagem convencional. Por conseguinte, foi proposto empregar a técnica de soldagem a frio para fixar as placas adicionais nas áreas danificadas da plataforma.
No entanto, não havia evidências históricas do uso de solda a frio a base de epoxi usado em um ambiente semelhante. Portanto, foi necessário testar o adesivo para determinar a dureza e resistência à rigidez da área da aplicação.
Resultado
Comparadas às placas de controle, as placas de teste coladas com o adesivo epóxi 100% sólido foram capazes de suportar maiores cargas estáticas e maiores forças de impacto antes da falha. As placas de união a frio também mostraram excelente resistência a elementos pesados arrastados por toda a superfície.
Conheça a Hita, distribuidora oficial de produtos Belzona no Brasil
A soldagem a frio Belzona existe desde a década de 1950 e vem sendo aprimorada desde então. Hoje, ela é a melhor alternativa para a soldagem tradicional e usa um material adesivo entre as duas superfícies. Apesar de simples, essa técnica pode solucionar problemas bastante complexos.
Citamos aqui dois exemplos de solda a frio amplamente utilizados na industria: Belzona 1111 e Belzona 1161. Ambos podem ser adquiridos na Hita, distribuidora modelo de Belzona no Brasil.
Nossas equipes atendem em todo o território nacional e estão prontas para ajudar você a encontrar a solução ideal para os defeitos de soldagem na sua indústria e na execução do plano de ação.
Para mais informações, entre em contato conosco.
Gostou deste artigo? Então, confira outros títulos que separamos para você:
- Reparos emergenciais na indústria: conheça métodos eficazes e aplique com segurança e maior eficiência
- Corrosão na indústria: saiba quais são as alternativas para prevenir o problema com a Hita
- Empresa de manutenção industrial: entenda como os serviços da Hita podem reduzir custos de manutenção e aumentar a segurança na sua fábrica