Por que os primers e condicionadores de superfície são necessários?
Preparar ou não preparar, eis a questão. Pelo menos para Belzona essa é uma questão bastante importante. Com uma vasta gama de diferentes primers de superfície disponíveis, pode se tornar difícil entender exatamente por que eles devem ser usados e o que é realmente esperado com seu uso. Essencialmente, os primers, às vezes conhecidos como condicionadores de superfície, são uma subcapa utilizada para melhorar o desempenho e longevidade do revestimento. Este artigo explorará as outras funções dos primers de superfície e por que são usados em combinação com as soluções Belzona.
Revestimentos protetores
Os revestimentos são projetados para suportar certas forças ambientais, incluindo erosão, corrosão, impacto, abrasão, intemperismo e imersão em líquidos. Para atingir essas propriedades físicas, a formulação de cada revestimento deve ser balanceada e projetada para
proteger o substrato subjacente do ataque por um período de tempo.
No entanto, ajustar a formulação para melhorar uma propriedade desejada pode ter um efeito indesejado em outra característica. Por exemplo, o ajuste da aderência de um revestimento pode impactar negativamente na qualidade mais importante de resistência à corrosão. Consequentemente, o equilíbrio certo de propriedades físicas é fundamental para o desempenho. Sendo assim, primers e condicionadores de superfície podem ser usados para otimizar as características existentes do revestimento sem afetar outras propriedades físicas.
Funções de primer de superfície:
Primers de superfície são usados em conjunto com muitos materiais Belzona e cumprem inúmeras funções, incluindo:
Aderência
A função mais importante de um primer é aumentar a aderência entre o substrato e o revestimento. O próprio primer, como resultado de sua formulação, penetra e se liga ao substrato, ao mesmo tempo que proporciona uma adesão otimizada ao revestimento de superfície.
“Molhar”
Ao usar uma camada de acabamento de cura muito rápida ou muito viscosa, pode ser impossível garantir que esse material possa “molhar” a superfície de forma adequada para garantir uma adesão ideal. Mais especificamente, é difícil forçar o revestimento no perfil da superfície, deslocando assim o ar e garantindo uma forte ligação mecânica. Esta situação pode ser evitada com o uso de um primer de superfície de baixa viscosidade, que penetre totalmente no perfil e apresenta uma superfície ativa para a colagem do acabamento.
Superfícies inertes
Substratos não porosos ou inativos, como borrachas e plásticos, podem se beneficiar da aplicação de um primer de baixa viscosidade. Os primers contêm solventes que atacam o substrato e penetram na superfície inerte. O primer então se liga ao substrato e apresenta uma superfície ativa para a camada de acabamento se ligar.
Taxa de cobertura
Substratos que são particularmente ásperos, como concreto, podem prejudicar o rendimento da cobertura de um revestimento superior, normalmente caro. Nessas circunstâncias, um primer de superfície viscoso, mais barato, pode ser usado para suavizar a superfície e maximizar a taxa de cobertura do revestimento superior.
Porosidade
Da mesma forma, se o substrato for muito poroso (por exemplo, concreto), um primer de superfície pode ser prescrito para selar a superfície porosa e evitar que a camada de acabamento seja absorvida. Isso irá maximizar novamente a taxa de cobertura da camada superior. O uso de um primer também pode reduzir os efeitos da liberação de gases, embora isso não deva ser considerado uma razão para ignorar o controle adequado da temperatura de aplicação. Os revestimentos devem ser aplicados durante o ciclo de resfriamento do substrato, não no ciclo de aquecimento.
Proteção contra corrosão
Alguns primers, para uso em superfícies de aço, contêm cargas metálicas (zinco) que fornecem alguma proteção contra corrosão caso a camada de acabamento seja danificada. Esses primers são geralmente conhecidos como primers sacrificiais ou inibidores.
Sangrar através
Usados principalmente em madeira, mas também eficazes em superfícies betuminosas, esses primers são formulados para evitar que manchas, nós, taninos de madeira e óleos naturais vazem, causando bolhas e perda de aderência do revestimento.
“Cobertura de aderência”
As betonilhas poliméricas com espátula para recapeamento de concreto são altamente preenchidas e, portanto, dependem do excesso de aglutinante. Essas betonilhas exigem um primer ou “revestimento de aderência” para permitir que sejam aplicadas fisicamente ao substrato. Sem esse primer, eles não agarrarão o substrato e simplesmente deslizarão sobre a superfície.
Dependendo da formulação, os primers de superfície são usados de maneiras diferentes. Alguns devem estar secos ao toque antes da aplicação de uma demão de acabamento, enquanto outros podem ser trabalhados “úmido sobre úmido”. No entanto, todos os primers de superfície terão uma janela de sobrecamada recomendada e sensível ao tempo, que deve ser seguida.
Além disso, os primers podem ser formulados a partir de muitos grupos químicos, como à base de óleo, à base de água, acrílico, epóxi e uretano, para uso em muitos substratos diferentes. Portanto, é importante garantir que o primer de superfície correto corresponda à aplicação, e sempre leia as diretrizes e instruções de aplicação do fabricante com antecedência. Para todas as soluções Belzona, siga o Folha de especificações do produto e Instruções de uso para identificar qual, se houver, o primer de superfície é adequado.
Fonte: Belzona (adaptado)
